Gasolina
Originalmente aproveitada como subproduto do petróleo -- querosene era o produto
principal -- a gasolina tornou-se o combustível por excelência para automóveis, devido
a seu elevado poder calorífico e à facilidade de misturar-se com o ar no carburador.
Gasolina é uma mistura de hidrocarbonetos líquidos voláteis, inflamáveis, derivados do
petróleo, usada como combustível para motores de combustão interna. Emprega-se também
como solvente de óleos e gorduras.
Consiste numa mistura complexa de centenas de diferentes hidrocarbonetos, a maior parte dos quais é de compostos saturados, com 4 a 12 átomos de carbono na molécula. A gasolina para automóveis tem ponto de ebulição entre 30 e
200o C.
Produzida inicialmente por destilação fracionada, que consiste na separação das
frações mais voláteis e mais valiosas do petróleo cru, a gasolina passou a ser obtida
por novos processos, criados para aumentar o rendimento da produção: o craqueamento
térmico, ou quebra de moléculas grandes em moléculas menores, e o craqueamento
catalítico, que emprega catalisadores para facilitar as reações químicas e produzir
mais gasolina.
Outros processos são empregados para obter gasolina de melhor qualidade e aumentar o
rendimento da produção, tais como: polimerização de olefinas gasosas; alquilação, ou
combinação de uma olefina e uma parafina, como o isobutano; isomerização, pela qual se
convertem hidrocarbonetos de cadeia linear em hidrocarbonetos de cadeia ramificada; e
reforma, que emprega calor e um catalisador para rearranjar a estrutura molecular.
A octanagem é a medida das propriedades anti detonantes da gasolina e indica sua
capacidade de evitar que a combustão da mistura ar/combustível ocorra antes do ponto, o
que prejudica o rendimento do motor.
A adição de chumbo tetra-etila para aumentar a octanagem foi interrompida na década de 1980, devido à poluição causada pela descarga de compostos desse metal na atmosfera.
Outros aditivos usados na gasolina são: detergentes, para reduzir depósitos de
sujeira do motor; anticongelantes, para prevenir falha do motor por congelamento do
carburador; e anti-oxidantes.
No final do século XX a elevação dos preços do petróleo, e por conseguinte os da
gasolina, levou alguns países a misturar álcool anidro (etanol puro) à gasolina.
Essa mistura permite elevar a octanagem, o que dispensa a adição de chumbo tetra-etila.
Na maior parte dos países, o álcool anidro é misturado na proporção de dez partes para noventa de gasolina, mas no Brasil o percentual desse componente é oficialmente estabelecido em 22%, sendo admitidas concentrações inferiores em função de dificuldades regionais de abastecimento de álcool.
Nessa proporção, o processo de corrosão torna-se mais acentuado e pode exigir que
algumas peças dos carburadores sejam especialmente projetadas.
Uma alternativa possível para fabricantes e usuários de automóveis no Brasil é o uso
do álcool hidratado (etanol misturado a quatro por cento de água), que exige
modificações mais radicais no projeto de motores, carburadores e sistemas de ignição e
arrefecimento dos veículos.
Sua adoção no país resultou de considerações de natureza econômica e
estratégica, particularmente pelo fato de serem renováveis as fontes de etanol, como a
cana-de-açúcar, cereais e mandioca.
Óleo
Diesel
Combustível obtido pela destilação do petróleo entre 250°C e 350°C. Usado, em geral,
em motores de combustão interna.
Álcool
Álcool combustível. A crise suscitada pelo aumento dos preços do petróleo no mercado
internacional, iniciada em 1973, levou o governo brasileiro a buscar soluções para o
problema; dentre essas soluções avultou a substituição da gasolina por outro
combustível, de preferência produzido a partir de fonte renovável. A experiência
passada e a grande potencialidade da lavoura brasileira apontaram imediatamente para o
álcool. Em novembro de 1975 foi criado o Proálcool, Programa Nacional do Álcool, com o
objetivo de reduzir as importações de petróleo.
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Revisado em 17 /02 /98